O chileno Roberto Tobar  será o árbitro da primeira final da Copa Libertadores, na qual River Plate e Boca Jrs disputam o título da mais prestigiada competição de futebol das Américas. No entanto, há algumas horas descobriu-se que o árbitro fazia parte de um grupo de árbitros punido pela ANFP (Associação Nacional de Futebol Profissional) no Chile, por ter integrado o famoso Club del Poker.

De acordo com um relatório do Diario Olé, este árbitro de 40 anos jogava poker em cash games organizados por Mario Sánchez, Diretor da Área de Desenvolvimento de Árbitros, em um departamento de Santiago, de onde era feita a escala para os jogos d a liga local. Quando isso foi descoberto, Tobar foi suspenso por oito meses e o chefe / organizador foi demitido.

O procedimento, como declarado pela mídia, consistia em: aqueles que ficaram sem um tostão eram mandados para arbitrar partidas fora da Capital para que pudessem se recuperar do que havia sido uma noite ruim.

Por este fato, além de Tobar, foram punidos Cristian Basso, Marcelo Barraza e Carlos Rumiano, que sofreram a mesma penalidade. Após cumprirem a pena, Roberto e Barraza, que tinham status de árbitro internacional, recuperaram a categoria.

Futebol, poker e apostas

A relação do futebol com o poker nunca foi problemática. Muitos jogadores, inclusive, como Neymar e hoje aposentado Ronaldo são entusiastas da modalidade. O mesmo não pode se dizer, porém, das apostas, que são, há muito tempo, um pesadelo para a lisura do esporte.

Segundo investigações do Ministério Público, é comum o transito, principalmente, em ligas menores, de agentes que tentam corromper jogadores em busca de manipulação de resultados. O maior escândalo da história do futebol brasileiro, aliás, a chamada Máfia do Apito, que agiu no Brasil e na América do Sul em 2005, teve entre os indiciados pelo Ministério Público uma série de apostadores.