Inicio > Batalha de equidades: os ajustes para mandar bem nos satélites

Por Vini Marques

Caro leitor, você já está sabendo. Em março, o famoso Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, sediará o partypoker Millions South America – maior torneio da história do América Latina.

Um evento do qual tantos querem participar. E para isso, opções não faltam. Diariamente, a sala disponibiliza diversos satélites para o Main Event, com preços diversos, compatíveis para todos os bolsos.

Todos querem participar, mas o que e como fazer para sair vivo de um satélite? Essa é a ideia do texto hoje. Vamos dar pequenas dicas para você ajustar seu jogo se dar bem nestas competições.

DETALHES: PAY-JUMP E ROI

Os satélites são os torneios em que parte (entre 10 a 15%) dos inscritos recebe uma vaga para outro torneio – às vezes para um outro satélite, só que maior.

À primeira vista, parecem torneios como quaisquer outros, mas não são. Possuem especificidades que devem ser levadas em conta. E estudadas separadamente.

Uma das mudanças drásticas dos satélites em relação a torneios normais é o tamanho do pay-jump, que é gigantesco, e do ROI (Retorno sobre investimento) que é “capado”, já que o máximo que você pode buscar é a vaga ou o ticket para o satélite subsequente.

MENOS EDGE E A BATALHA DAS EQUIDADES

Nos primeiros momentos, jogue normalmente, mas, uma vez que você tenha dobrado ou triplicado seu stack, adote um jogo mais cauteloso. Parece – e até é simples – mas, preste bem atenção, porque muitas vezes até jogadores experientes erram a “mão” neste cenário.

Sempre bom ter em mente as odds do torneio, não da mão apenas

Por essa razão, em satélites vemos diversos jogadores classificarem com menos de 1 Big Blind. Desta maneira temos de jogar de maneira mais matemática possível nas “retas finais”.

Eu, durante muito tempo, grindei SNGs Double or Nothing (estando entre os 20 maiores ganhadores do mundo da faixa que eu jogava no ano de 2010) que eram satélites e pude observar na prática o número de erros grosseiros que bons jogadores cometem em relação à equidade. Especialmente na questão de equidade por jogador, ou seja você tem sempre que estimar quais são suas chances de classificar.

EXEMPLO

Vamos a um exemplo prático, utilizando os satélites para o MILLIONS do Rio, para ajuda-los a entender como pensar corretamente nestas competições:

Imaginemos que você está no satélite decisivo para a vaga do Main Event do partypoker Millions South America em um momento que restam 17 jogadores e temos 16 vagas para o evento e curiosamente todos os stacks são de 20 Big Blinds.

Após apostarmos nosso big blind, a ação roda em fold até o Small Blind, que vai all-in.

Qual mão você precisa ter para pagar? Pense que a sua chance de classificar é 16/17 ou seja 94% das vezes você vai sair com a vaga nessa situação. Qual mão temos equidade de 94% para pagar um all-in? Nenhuma! Nem AA, nem KK, nenhuma.

Esse é um exemplo extremo, muitas vezes a conta não é tão simples.  Se seu stack for muito pequeno (menos de 5 big blinds, por exemplo) e você estiver a poucos blinds da eliminação, suas chances serão BEM menores que 94%, mesmo com 17 jogadores jogando para 16 vagas. Neste caso, o call, com cartas fortes, PODE ser bem-vindo. O segredo é calcular a equidade da mão e chance de classificação, levando em conta field, stack e stack dos rivais.

Se você não está disposto a fazer concessões fortes é melhor evitar os torneios satélites, mas se está disposto a fazer ajustes e concatenar a equidade das mãos com a equidade de classificação está no caminho certo!

Boa sorte e nos vemos em Copacabana!

 

 

 

¿Quieres enterarte primero de todo lo que sucede en el mundo del poker? CodigoPoker te brinda la mejor información minuto a minuto en tu social media. Síguenos en X, Facebook, Instagram, Youtube o Twitch

Notas relacionadas

Noticias TOP 3