Inicio > Sem brasileiros, Simão lamenta «solidão» nos High Stakes: «dá insegurança»

Há alguns anos atrás, o paulistano Gabriel Goffi Flag of Brasil era o único brasileiro jogando os níveis mais caros dos cash games online. Além de ganhar muito dinheiro, ele se tornou uma celebridade, indo além do meio do poker.

Quase meia década depois é o mineiro João Simão Flag of Brasil o único (ou, pelo menos, muitas vezes o único) brasileiro a figurar no universo dos high stakes, só que nos torneios. É um privilégio enorme, mas também uma desvantagem, pelo menos do ponto de vista competitivo, ser um dos únicos representantes do país neste grupo tão seleto.

Neste fim de semana, depois de encerrar com brilho sua participação no Caribbean Poker Party, com um sétimo lugar no High Roller de $ 10 mil (na mesma semana havia disputado também o Super High Roller de $ 25 mil), que lhe valeu premiação de $ 80 mil, Simão postou uma reflexão, em seu Instagram, sobre momento que vive, entre os Tubarões, no nível mais alto do poker.

Em seu stories, Simão lamentou ter uma desvantagem competitiva em relação à elite do poker mundial por estar, segundo suas próprias palavras, sozinho.

«Me sinto totalmente sozinho nessa batalha. Me dá uma insegurança»

Segundo o melhor jogador brasileiro do momento, por ser brasileiro e não estar inserido na comunidade internacional como está na brasileira, ele deixa ter acesso a um mar de informações compartilhado entre si por seus rivais. No desabafo, o jogador revela ter ficado embasbacado ao testemunhar a rotina do americano Justin Bonomo Flag of Estados Unidos durante um dinner break.

«Fiquei impressionado, no dinner break, quando todos comeram na mesa e eu sentei ao lado do (Justin) Bonomo. Conversando e vendo o celular dele, vi que é difícil competir com os caras», disse Simão. «Eles tem muitos grupos de estudos programas e compartilhamento de informações de jogadores e soluções. Enquanto ele está jogando, tem um amigo mandando todas as decisões matemáticas. Todas e informações dos adversários, ou seja, eles são uma equipe».

Simão admitiu ainda se sentir por vezes intimidado por seus rivais e pelo contexto dos torneios. «Eu me sinto totalmente sozinho nessa batalha. Me dá uma insegurança, até porque chega no break eu fico sozinho. Sai cinco para um canto. Cinco para o outro. Se não é o japonês eu fico sózinho, que é a situação quando ele também está jogando outros torneios». O japonês a quem Simão se refere é Renato Nomura Flag of Brasil, também team pro do partypoker.

Apelo a comunidade
Diante da situação complicada, Simão fez apelo para a comunidade brasileira para, na medida do possível, que eles se juntassem a ele nestes torneios mais caros. «Queria fazer um convite para os melhores do Brasil me acompanharem nessas jornadas, não tenho dúvida que vão dar trabalho aos demais, pois precisamos de mais brasileiros na luta».

Simão garante, apesar do buy-in caríssimo, o field médio não é tão bom quantos o dos high stakes online. E que muitos brasileiros poderiam ser lucrativos nestes torneios.

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